Segundo a Casa APIS, a carga de mel foi lacrada pelo Ministério da Agricultura. A PF investiga como 350 kg de cocaína foi parar dentro do container que levava o produto.

A direção da Casa APIS, uma cooperativa produtora de mel em Picos, Sul do Piauí, informou que é possível que o lacre do container que levava um carregamento de mel tenha sido rompido para fazer o transporte ilegal de 350 kg de cocaína. O material foi apreendido na sexta-feira (16) no Porto do Pecém, região da Grande Fortaleza, no Ceará.
O mel partiu do município de Picos, no Piauí, e seria levado para a Alemanha, na Europa. A Polícia Federal investiga como a droga foi parar dentro do container que levava o mel. Não há suspeita de que os produtores e exportadores da carga de mel tenham relação com o tráfico.
Segundo Antônio Leopoldino Dantas, diretor geral da Casa APIS, o carregamento deixou o estado do Piauí após conferência e com um lacre do Ministério da Agricultura. A Polícia Federal suspeita de alteração nesses lacres e da colocação da droga em mochilas dentro dos containers que levavam o mel piauiense.
“Despachamos dois containers, um refrigerado e outro não refrigerado, e o violado foi o segundo. Todos os cuidados que seguimos são normas internacionais, não somos nós que lacramos, ele é fechado e lacrado pelo fiscal agropecuário. Vem um fiscal de Teresina para fazer toda a conferência documental e da mercadoria”, explicou ele.
“Os lacres são invioláveis, depois de travado só abre no local de destino. Ou seja, chegando no porto passou por todas as inspeções de segurança necessárias, passou no scanner, raio X e foi para o pátio”, disse.
A descoberta do entorpecente foi feita após troca de informações entre a Aduana Americana e o Brasil. A Receita Federal informou ao G1 que esta foi a maior apreensão de drogas já feita em portos cearenses. Segundo a PF, essa é a maior apreensão de droga já realizada em portos brasileiros. A droga possuía um valor aproximado de R$ 49 milhões e tinha como destino a Bélgica, na Europa.
Fonte: g1