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Falta de investimentos acelera deterioração das rodovias brasileiras


Estradas com nível de serviço ruim ou péssimo receberão 50% do tráfego em 2025 Mesmo se todos os investimentos previstos para a infraestrutura de transporte saírem do papel, o Brasil deve enfrentar um cenário preocupante nos próximos anos. A malha rodoviária, por onde passa mais de metade das riquezas nacionais, terá sua capacidade de movimentar cargas e passageiros reduzida até 2025. O alerta aparece no estudo Projeções para a Infraestrutura de Logística de Transportes no Brasil, lançado recentemente pela Fundação Dom Cabral (FDC). De acordo com a pesquisa, as dificuldades devem impactar pelo menos 50% do volume do tráfego.

Segundo uma escala que vai do A (ótimo) ao F (insustentável), essas rodovias terão um nível de serviço D (ruim), E (péssimo) ou F. Os pesquisadores chegaram a esses indicadores depois de avaliarem informações como relevo, pavimentação e o volume de circulação de automóveis e caminhões de 195,2 mil quilômetros espalhados por todo o Brasil. Hoje, grande parte do tráfego (45,3%) já circula por estradas com avaliação negativa. “O Brasil precisa de programas contínuos, principalmente para a melhoria de rodovias. Também precisamos visar o futuro, passando essa concentração da matriz de transporte das rodovias para ferrovias e hidrovias”, defende o professor Paulo Resende, um dos coordenadores do estudo.

Não bastasse o número insuficiente de projetos para dar conta das necessidades da economia nacional, o País ainda enfrenta uma “herança maldita”, nas palavras de Resende. Nos últimos anos, as estradas, ferrovias e hidrovias sofreram com a redução de investimentos.”Em 2002, os nossos ativos de infraestrutura de transporte valiam 22% do PIB (Produto Interno Bruto). Hoje, valem 12%. É a desvalorização tremenda do patrimônio brasileiro”, lamenta o professor.

Na opinião de especialistas, a situação poderia ser revertida com o aumento de concessões das estradas. Mas mesmo os projetos em andamento seguem em ritmo lento. O repasse previsto de 2,5 mil quilômetros de rodovias federais para a iniciativa privada esbarra na burocracia governamental, atrasando as chances de minimizar as perspectivas inquietantes. Fonte: Estadão

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